sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Cigarro Mata! Tá, e Daí?



Sim caros leitores. O título desse primeiro artigo pode parecer irônico, principalmente para estudantes e profissionais da saúde, mas pesquisas comprovam que grande parte dos fumantes brasileiros realmente despreza sua vida.

Dados coletados em setembro de 2006 e publicados recentemente pela Sociedade Brasileira de Cardiologia mostram que 94% dos fumantes entrevistados acreditam que o cigarro aumenta as chances de se ter um infarto do miocárdio e mesmo assim, continuam fumando em média 14 cigarros por dia.

Em maio desse ano, a Fundação Getulio Vargas divulgou dados sobre o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de abril. Resultado? Em média, 1,25% do orçamento familiar é gasto com cigarros. Pode parecer pouco, mas leve em consideração que com arroz e feijão, o gasto médio é de apenas 0,85%.

Outra pesquisa realizada pela Universidade Federal de São Paulo e divulgada pela Agência Brasil no início de 2007, mostra que o percentual de estudantes entre 12 e 18 anos que já experimentaram cigarro caiu de 32,7% em 1997 para 21,7% em 2004. Porém, entre 2001 e 2005, levantamentos feitos em 10 mil domicílios brasileiros indicaram um leve crescimento do consumo de tabaco: Em 2001, 41,1% dos entrevistados declaravam já ter feito uso de cigarros enquanto 9% admitiam ser dependentes do fumo. Em 2005 esses números subiram para 44% e 10,1%, respectivamente.

Campanhas publicitárias de fabricantes de cigarros foram praticamente abolidas há quase 10 anos. Hoje, em cada maço são impressas imagens chocantes, ilustrando as conseqüências maléficas que o fumo traz para a saúde de quem o consome. Vender cigarros para menores de idade é crime. Fumar em locais fechados e repartições públicas é proibido. Os impostos sobre o cigarro são altíssimos, elevando seu preço de venda.

 Mesmo assim, o percentual de fumantes não diminui. Há cada vez mais pessoas querendo morrer cedo.
O que fazer para resolver esse problema? Proponho a proibição total do cigarro em locais públicos, ruas, avenidas, parques, praças, paradas de ônibus, estádios de futebol, etc. Quem quiser fumar, que vá para casa. Assim, a grande parcela da população que não quer fumar (felizmente ainda somos maioria) não será obrigada a conviver diariamente com a fumaça (cancerígena) dos pedestres e dos passageiros que não conseguem ficar 5 minutos sem acender um cigarro enquanto esperam seu ônibus. Nem com os tocos atirados pelos motoristas nas ruas, em qualquer lugar (menos nas latas de lixo) ou com as cinzas atiradas pelos fumantes das arquibancadas superiores, etc. Enfim, não seremos mais penalizados pela irresponsabilidade dos outros.

Fonte: www.letrademedico.com.br


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